Pesquisadores dos EUA estudam abordagem genética contra o coronavírus

Com quase 90 projetos de pesquisas para descobrir uma vacina eficaz contra a Covid-19, doença causa pelo novo coronavírus, dois institutos associados ao Hospital Geral de Massachusetts, em Boston, anunciaram avanços em um novo desenvolvimento diferente para imunização. Trata-se de uma substância experimental, a AAVCovid, que usa genes para evitar que o vírus entre nas células. 

Os pesquisadores querem usar a mesma abordagem usada no tratamento de um tipo de cegueira hereditária e a atrofia muscular espinhal, para combater a Covid-19. Mas, por enquanto, foram feitos testes em ratos. No próximo mês, os testes serão aplicados em primatas, e ainda este ano, a previsão é de que seja estudado em humanos.

O programa de vacinas AAVCovid foi desenvolvido no laboratório de Luk H. Vandenberghe, PhD, diretor do Grousbeck Gene Therapy Center em Massachusetts Eye and Ear e professor-associado de oftalmologia na Harvard Medical School. O material genético é inserido em um vírus inofensivo, que o transporta para as células, provocando uma resposta imunológica. 

O fragmento do RNA é isolado e correspondente à proteína spike. Quando chega ao organismo, é reconhecida como agente externo, estimulando a fabricação de anticorpos específicos. Assim, caso a pessoa tenha contato com o micro-organismo, células especializadas em combatê-lo já estão prontas para destruí-lo.

“É uma tecnologia superior para a entrega segura e eficiente dos genes. As abordagens que estamos usando na AAVCovid conseguem induzir uma imunidade potente, com apenas uma injeção intramuscular”, diz Luk H. Vandenberghe, diretor do Centro Grousbeck de Terapia Gênica e professor-associado de oftalmologia na Faculdade de Medicina de Harvard.