Pessoas responsáveis pela divulgação de autópsia de Sala são presos
Dupla confessou crimes; menor pena é de cinco meses de prisão

Foto: Jean-Francois Monier / AFP
O Tribunal de Justiça da Inglaterra condenou dois funcionários de uma empresa de monitoramento por câmeras de segurança pela divulgação ilegal de imagens do corpo do ex-jogador Emiliano Sala, que morreu em janeiro de 2019, em um acidente de avião. Sherry Bray, de 49 anos, diretora da Camera Security Services Limited (CCTV), natural de Chippenham (Inglaterra), e o funcionário da empresa, Christopher Ashford, de 62, tiveram acesso as fotos da autópsia do jogador do Cardiff na morgue e as divulgaram nas redes sociais.
Em agosto deste ano, Bray admitiu o erro pela utilização indevida de computadores e por ter interferido na justiça. Ashford também admitiu ser culpado de uso indevido dos computadores. O juiz Peter Crabtree condenou a diretora da empresa de videovigilância a 14 meses de cadeia e o empregado a cinco meses de prisão.
Crabtree acusou a dupla de ter se movido pela curiosidade mórbida e também por terem abusado dos cargos em que trabalhavam. Em comunicado oficial, a irmã do ex-jogador, Romina Sala, disse que as ações da dupla são segundo palavras dela "más e perversas". e prosseguiu afirmando que "Nunca conseguirei apagar essa imagem da minha cabeça. Meu irmão e minha mãe nunca vão esquecer. Para mim, é difícil viver com isso".
O acidente
Emiliano Sala viajava de Nantes, na França, para Cardiff, quando o jatinho que ele estava caiu no fundo do mar do Canal da Mancha, no dia 21 de janeiro. O corpo do ex-jogador foi recuperado no dia 6 de fevereiro e posteriormente passou por autópsia no dia seguinte.