Petrobras ainda não tomou decisões sobre ajuste de preços, diz Luna
O presidente da estatal destaca que após a invasão russa da Ucrânia o mercado do petróleo ficou "nervoso" e com muitas "incertezas"
Foto: Reprodução/Agência Brasil
O presidente da Petrobras, general da reserva Joaquim Silva e Luna, disse nessa quarta-feira (2) que a estatal analisa a pressão de alta da cotação do barril de petróleo, mas ainda não tomou decisões referente a ajustes nos preços dos derivados.
Ele destaca que, após a invasão russa da Ucrânia, o mercado do petróleo ficou "nervoso" e com muitas incertezas. "O mundo mergulhou num cenário de incertezas [com a guerra]", disse Luna.
Nessa quarta-feira, o barril do combustível fóssil tipo Brent fechou acima dos 100 dólares, com alta de 7,6%, a 112,93 dólares, após tocar o pico de 113,94 dólares o barril durante a sessão.
Segundo a Abicom, associação que reúne as distribuidoras, os valores médios de diesel e gasolina da Petrobras alcançaram defasagem de preço de 25%, o maior patamar em dez anos.
Ao ser questionado até quando a Petrobras suportaria a alta de preços do Brent sem fazer modificações nas cotações dos derivados de petróleo no mercado interno, Luna afirmou: "É isso que estamos estudando."
Neste ano, a alta do petróleo no mercado internacional foi parcialmente reparada pela desvalorização do dólar ante o real. Câmbio e Brent são as duas principais variáveis da política de preços da companhia, conhecida como PPI.
O CEO da Petrobras ressaltou que o grupo da estatal que avalia a política de paridade de preços observa o cenário "minuto a minuto" antes que qualquer decisão seja tomada.