Petrobras eleva preço dos combustíveis em meio a pressões no setor aéreo
Segundo a Abear, o aumento médio nos diferentes polos do país chegou a 11,4%, em relação ao mês de maio
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Diante de pressões no setor aéreo, a Petrobras anunciou novos reajustes nos preços do querosene de aviação (QAV). Conforme a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), o aumento médio nos diferentes polos do país chegou a 11,4%, em relação ao mês de maio.
A análise de janeiro de 2022 até o início de junho mostra que o combustível dos aviões registrou alta de 64,3%. Os custos para o setor, que já estavam em elevação, estimulam as empresas a reajustarem os preços das passagens para consumidor final.
Como explicou a associação, o QAV é o item de maior peso na formação de preços da aviação, representando mais de um terço dos custos totais das companhias aéreas. Nos últimos dias, o barril de petróleo, a matéria-prima para o querosene de aviação, oscilou próximo dos 120 dólares, uma consequência dos desdobramentos da guerra na Ucrânia.
O Brasil é produtor de querosene. Em razão disso, a Abear defende a não precificação em dólar do combustível produzido, para, assim, reduzir os custos e o preço final ao consumidor
Como destacou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis (ANP), em 2021, o país produziu 93% do QAV consumido e importou apenas 7%. Para os voos domésticos, que estão em alta, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) aponta um crescimento de 30,9% no primeiro trimestre deste ano.
