Petrobras ignora promessa de energia limpa e planeja explorar petróleo perto de mangue
Investimento na "margem equatorial brasileira" é defendido por Jean Paul Prates
Foto: Ricardo Stuckert/PR
Contrariando a promessa de Lula de usar a Petrobras para investir em energia renovável, a estatal se movimenta para explorar petróleo na chamada "margem equatorial brasileira", uma faixa litorânea no Norte e Nordeste que inclui o maior sistema de recifes do Brasil e o maior complexo de mangues do mundo. Entre 2023 e 2027, segundo informações do site UOL, a empresa planeja investir US$ 3 bilhões (cerca de R$ 15 bilhões) na região.
Com 2.200 km de extensão, a margem equatorial brasileira vai do Rio Grande do Norte ao Amapá, na fronteira com a Guiana Francesa. Cerca de 80% dos manguezais do Brasil ficam na região, a maior área contígua de manguezais do planeta, do Amapá ao Maranhão.
Estima-se que a margem equatorial tenha reserva de 30 bilhões de barris de petróleo. Sua exploração pode levar o Brasil de oitavo a quarto maior produtor do mundo, atrás apenas de Estados Unidos, Arábia Saudita e Rússia.
Desde dezembro de 2022, o Plano Estratégico da Petrobras não prevê investimento em energia renovável. A exploração de petróleo da região brasileira é defendida pelo novo presidente da estatal, Jean Paul Prates.