Petróleo vai a quase US$ 140, derruba bolsas no mundo e faz dólar ganhar força
Temor é visto por causa da possibilidade de sanções ao petróleo russo
Foto: ANP
Diante do temor de uma escalada nas cidades ocidentais na Rússia pela invasão na Ucrânia, os preços do petróleo chegaram a alcançar maior alta com o valor do barril do tipo brent a US$ 139 na madrugada de segunda-feira (7). Pelo mesmo motivo, as Bolsas de Valores na Europa operam em queda.
A valorização acumulada do ano já está acima de 60% e é impulsionada por causa da possibilidade de sanções ao petróleo russo, que é responsável por cerca de 8% do fornecimento mundial.
A cotação não alcança esse valor desde 2008. Nos Estados Unidos, a referência internacional apresentou alta de 6,13%, sendo cotado a US$ 125,35. Na Europa, os preços saltaram 79%, para 345 euros por megawatt-hora. Isso porque a Rússia é responsável por 40% do gás europeu.
Bolsas de Valores
As bolsas europeias operam em queda. Em Londres, o índice FTSE-100 recuava 1,52%, enquanto que o CAC-40, da Bolsa de Paris, caia 2,68% e o Dax, da Bolsa de Frankfurt, baixava 3,42%.
As Bolsas asiáticas encerram a segunda-feira com expressivas devido às consequências do conflito na Ucrânia. O índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, fechou em baixa de 2,94%, e registrou o menor nível desde novembro de 2020, enquanto Xangai perdeu 2,17% e Hong Kong teve um resultado ainda pior, com queda de 3,93 %.
Commodities em alta
Para além do preço do petróleo, as commodities também registraram a alta mais forte desde 1915, diz o BofA. Nas movimentações feitas na última semana, houve aumento do zinco 12%, enquanto o trigo subiu 60%.
Isso só aumentará o pulso inflacionário global, com os dados de preços ao consumidor dos EUA nesta semana que devem mostrar um crescimento anual de 7,9%.