PF abre inquérito para apurar depoimento de porteiro sobre o caso Marielle
Processo é aberto após pedido do MPF para apurar obstrução de Justiça
Foto: Agência Brasil
A Polícia Federal abriu inquérito nesta quarta-feira (6), após pedido do Ministério Público Federal (MPF), para investigar o depoimento prestado pelo porteiro do condomínio Vivendas da Barra, na zona oeste do Rio de Janeiro, sobre o assassinato de Marielle Franco.
O MPF no Rio requisitou o inquérito para esclarecer se o porteiro cometeu os crimes de obstrução da Justiça, falso testemunho e denunciação caluniosa. Também será investigado se o porteiro caluniou ou difamou o presidente da República, crime previsto no artigo 26 da lei de Segurança Nacional.
No último dia 30, o procurador-geral da República, Augusto Aras, encaminhou à Procuradoria da República no Rio de Janeiro o ofício assinado pelo ministro Sergio Moro, que pedia a abertura de um inquérito para apurar se houve “tentativa de envolvimento indevido” do nome do presidente na investigação do caso Marielle.
O pedido de Moro foi feito após o presidente acioná-lo para que a Polícia Federal escutasse o porteiro novamente. A solicitação foi atendida por Aras, que disse ainda que já havia recebido uma notificação sobre a citação ao nome do presidente no caso, mas não viu elementos suficientes e mandou arquivá-la.