Política

PF afirma que Abin foi usada para monitorar promotora do caso Marielle

STF revela uso ilegal de ferramentas da Agência Brasileira de Inteligência

Por Da Redação
Ás

PF afirma que Abin foi usada para monitorar promotora do caso Marielle

Foto: Dayane Pires/CMRJ

A Polícia Federal acredita que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi "instrumentalizada" para monitorar a promotora do Rio de Janeiro encarregada da investigação sobre as mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A suspeita foi confirmada na decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou uma operação para apurar o uso ilegal de recursos da agência para espionar autoridades e outros indivíduos.

Na decisão, Moraes destacou que ficou evidente a manipulação da ABIN para monitorar a promotora de Justiça do Rio de Janeiro, responsável pela força-tarefa que investiga os homicídios de Marielle Franco e Anderson Gomes.

A Controladoria-Geral da União (CGU) identificou que o resumo do currículo da promotora não apresentava identidade visual semelhante aos relatórios oficiais da Abin, indicando a possibilidade de que tenha sido produzido pela estrutura paralela da agência. Esses relatórios apócrifos, segundo a investigação, eram disseminados para criar narrativas falsas.

A Polícia Federal revelou a existência de uma "estrutura paralela infiltrada" na Abin durante a gestão do delegado Alexandre Ramagem, que foi diretor da agência no governo Bolsonaro e atualmente é deputado federal. Ramagem foi um dos alvos da operação, na qual foram cumpridos mandados de busca em seu gabinete e no apartamento funcional ocupado por ele na Câmara dos Deputados.

O deputado Ramagem ainda não se pronunciou.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:[email protected]

Faça seu comentário