Política

PF cumpre buscas contra suspeitos de invadir rede social de Janja

As medidas foram autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal

Por FolhaPress
Ás

PF cumpre buscas contra suspeitos de invadir rede social de Janja

A Polícia Federal cumpre quatro mandados de busca e apreensão na tarde desta terça-feira (12) em Minas Gerais na investigação sobre a invasão da conta na plataforma X, antigo Twitter, da primeira-dama Janja da Silva.

As medidas foram autorizadas pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

O perfil de Janja foi hackeado na noite de segunda (11). Por volta das 21h30, o perfil passou a publicar ofensas e também frase afirmando que foi invadido. Entre as postagens do invasor, havia menção ao escândalo do mensalão e ao ministro do STF Alexandre de Moraes.

Parte das ofensas era dirigida à própria Janja. Uma das postagens debochava: "Eu to no trends", em referência aos assuntos mais comentados da rede.

Mais cedo na segunda-feira, a primeira-dama havia feito publicações sobre participação em evento, ao lado do presidente Lula, de lançamento de programa relacionado a pessoas em situação de rua.

O Palácio do Planalto informou logo após o incidente que havia acionado a plataforma e a Polícia Federal. No X, a esposa do presidente possui 1,2 milhão de seguidores.

Logo após a invasão, o ministro da Secom, Paulo Pimenta (PT), afirmou que "os criminosos que participaram deste crime não ficarão impunes". O presidente Lula republicou em seu perfil no X declaração do ministro sobre o ocorrido.

Já nesta terça (12), a primeira-dama usou sua conta no Instagram para comentar a invasão.

"Na noite de ontem, os ataques de ódio e o desrespeito que eu sofro diariamente chegaram a outro patamar. Minha conta do X foi hackeada e, por minutos intermináveis, foram publicadas mensagens misóginas e violentas contra mim", afirmou Janja.

A primeira-dama disse que foram feitas publicações machistas e criminosas, "típicos de quem despreza as mulheres, a convivência em sociedade, a democracia e a lei".

"Eu já estou acostumada com ataques na internet, por mais triste que seja se acostumar com algo tão absurdo. Mas a realidade é que a internet é um espaço potente para o bem e para o mal. E é comprovado que nós, mulheres, somos as que mais sofrem com os ataques de ódio aqui nas redes. O que eu sofri ontem é o que muitas mulheres sofrem diariamente", disse.

Ela disse ainda que mulheres são vítimas de ataques machistas nas redes sociais e fora delas. "Milhares de mulheres perdem ou até tiram a própria vida a partir de ataques como o que sofri na noite de ontem."

"O ódio, a intolerância e a misoginia precisam ser combatidos e, os responsáveis, punidos."
 

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