Operação deflagrada pela PF mira grupo miliciano comandado por deputado estadual baiano
Ao todo, cerca de 200 policiais federais e estaduais, além de 15 auditores-fiscais da Receita Federal e seis analistas tributários participam da ação
Foto: Reprodução / ASCOM Alba
O deputado estadual Binho Galinha (Patriota) é um dos alvos da Operação El Patron, deflagrada, na manhã desta quinta-feira (7), pela Polícia Federal, em conjunto com a Receita Federal, o Ministério Público Estadual e a Força Correccional Integrada FORCE/COGER/SSP/BA. A confirmação foi feita após apuração do Farol da Bahia.
O parlamentar é acusado de ser o líder de um grupo miliciano que atua na região de Feira de Santana, acusado de praticar crimes de lavagem de dinheiro do jogo do bicho, agiotagem e receptação qualificada.
A ação visa desmantelar a organização criminosa sofisticada especializada em lavagem de dinheiro proveniente de jogos ilegais, agiotagem, extorsão, receptação qualificada e outras infrações penais em Feira de Santana e região. Ele e mais 14 pessoas foram denunciadas pelo MP, entre elas policiais militares.
Ao longo da manhã, são cumpridos dez mandados de prisão preventiva, 33 mandados de busca e apreensão, bloqueio de mais de R$ 700 milhões das contas bancárias dos investigados e o sequestro de 26 propriedades urbanas e rurais são cumpridos pelos agentes durante toda a manhã.
Ao todo, cerca de 200 policiais federais e estaduais, além de 15 auditores-fiscais da Receita Federal e seis analistas tributários participam da operação. Ela conta ainda com o apoio do Comando de Operações Táticas da Polícia Federal (COT), Grupo de Pronta Intervenção da Polícia Federal (GPI), do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Estadual (GAECO) e da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil da Bahia (CORE).
A investigação continuará para apuração de eventuais outros envolvidos. Se condenados pelos crimes cometidos, os investigados podem ser condenados a mais de 50 anos de reclusão.
Denunciados
Além do deputado estadual, quinze outras pessoas foram denunciadas pelos crimes de lavagem de dinheiro, receptação e agiotagem. O bloqueio de bens chega a R$ 200 milhões.
Foram denunciados Kléber Cristian Escolano de Almeida, Thierre Figueiredo Silva, Nilma Carvalho Pereira, Ruan Pablo Pereira Carvalho, Alexandre Pereira dos Santos, Washington Martins Silva, Mayana Cerqueira da Silva, João Guilherme Cerqueira da Silva Escolano, Jorge Vinícius de Souza Santana Piano, Jackson Macedo Araújo Júnior, Vagney dos Santos Aquino, Josenilson Souza da Conceição, Roque de Jesus Carvalho, Bruno Borges França e Kleber Herculano de Jesus.
