PF descobre na Abin esquema de invasão em massa de computadores
Investigadores estão agora se aprofundando na descoberta para determinar com maior precisão quantos computadores foram infectados
Foto: Reprodução/ Jornal Nacional
As apreensões feitas na Operação Última Milha, que investiga a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em suposto rastreamento de celulares estão revelando um outro esquema de espionagem. Os investigadores encontraram no material outros dispositivos invasivos que estavam sendo utilizados para invasão em massa de computadores, de acordo com apuração do jornalista César Tralli, da TV Globo e GloboNews.
Uma ferramenta de invasão por meio de malware, um software prejudicial, está sendo utilizada para acessar o conteúdo de computadores, de acordo com informações de fontes confiáveis. A intrusão clandestina pode ocorrer através de vários meios, incluindo o envio de e-mails, mensagens de texto, WhatsApp Web e até mesmo o acesso físico aos computadores, por meio de dispositivos como pen drives, que se tornaram alvos de espionagem.
Investigadores estão agora se aprofundando na descoberta para determinar com maior precisão quantos computadores foram infectados e quem foram os alvos dessas ações de espionagem. Detalhes específicos sobre essas informações estão sendo mantidos em sigilo para não prejudicar as investigações em curso relacionadas a esses sistemas ilegais de espionagem, que supostamente envolvem servidores e ex-servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
A empresa que forneceu o sistema de rastreamento de geolocalização de aparelhos de telefone foi alvo de busca e apreensão. Segundo fontes, a nova descoberta, que envolve esquemas de invasão de computadores, não está relacionada à mesma empresa que ofereceu o serviço de rastreamento de geolocalização, o que levará a Polícia Federal a investigar também a fonte de fornecimento das ferramentas de intrusão de computadores.