PF diz que entidade recebeu R$ 615 mi da prefeitura de Salvador desde 2011
Entidade gerou um superfaturamento da ordem de R$ 4,5 milhões

Foto: Divulgação
A Controladoria-Geral da União (CGU) constatou que uma entidade que vinha gerenciando um número significativo de unidades de pronto-atendimento (UPAs), já atuava junto à Secretaria Municipal de Saúde de Salvador desde 2011, sendo inicialmente contratada por meio de dispensa de licitação. Nos últimos dez anos, a Prefeitura de Salvador pagou quase R$ 615 milhões, relativos a serviços de gestão em unidades de pronto-atendimento.
A organização social foi favorecida em procedimento licitatório, tendo sua proposta validada, embora essa divergisse do estabelecido no edital do certame, ainda segundo a CGU. Além disso, a entidade superestimou o valor dos serviços que seriam prestados, gerando um superfaturamento da ordem de R$ 4,5 milhões.
Segundo a Controladoria-Geral da União, práticas de desvio de recursos também foram utilizadas, como a contratação, pela organização social, de empresas de “fachada”, cujos sócios possuíam vínculo direto ou indireto com seus gestores, apenas para justificar os gastos da instituição.