PF encontra indícios de superfaturamento em contratos do Instituto Lula e empresa de Lulinha
Neste processo foram indiciados Palocci e Marcelo Odebrecht
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Após análise documental, a Polícia Federal (PF) levantou a suspeita de que os contratos firmados pelo Instituto Lula com a empresa G4 Entretenimento e Tecnologia Digital, de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, apresentam ‘indícios de superfaturamento’. Contudo, a PF não consegue precisar tal conclusão por não ter feito uma perícia detalhada.
A informação está no relatório de 130 páginas onde o órgão indicia o ex-presidente Lula por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito de propinas de R$ 4 milhões em forma de ‘doações’ da empreiteira Odebrecht ao Instituto.
Além do petista, foram indiciados o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil/Governos Lula e Dilma), o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e o empresário Marcelo Odebrecht. Segundo a PF, foi identificada uma minuta de contrato entre o Instituto Lula e a G4 com valor estimado em R$ 1,3 milhão entre 2012 e 2014 para prestação de serviços técnicos especializados.
A PF realizou pesquisa no Sistema de Movimentação Bancária (Simba), no qual identificou repasses de R$ 74 mil da G4, de Lulinha, para a GKR entre maio de 2012 a setembro de 2013, enquanto o Instituto Lula pagou à empresa de Lulinha cerca de R$ 19 mil no mesmo período.