PF indicia André Janones e mais dois ex-assessores por suposta ‘rachadinha’ em gabinete
Segundo o relatório policial, o deputado federal é "o eixo central" da associação criminosa
Foto: Câmara dos Deputados/Pablo Valadares
A Polícia Federal (PF) indiciou nesta quinta-feira (12) o deputado federal André Janones (Avante-MG) e mais dois ex-assessores no caso da suposta rachadinha praticada no gabinete dele. Para a corporação, o parlamentar cometeu os crimes de associação criminosa, peculato e corrupção passiva. As penas máximas desses crimes, juntas, somam 27 anos de prisão.
A prática de rachadinha, que consiste na devolução de parte dos salários de assessores a políticos, é investigada pela corporação após a denúncia de ex-funcionários que alegam ter sido pressionados a entregar parte dos vencimentos. Quando surgiram as denúncias, Janones negou as irregularidades.
De acordo com o relatório da PF, o patrimônio de Janones cresceu de forma desproporcional no período investigado, o que justifica a abertura de uma apuração.
"Os dados fiscais também não deixam dúvidas no que concerne ao exaurimento do crime de corrupção passiva. Por meio deles, a equipe investigativa se deparou com uma variação patrimonial 'a descoberto' do parlamentar, nos anos de 2019 e 2020, respectivamente de R$ 64.414,12 e R$ 86.118,06", afirmou a PF.
"O deputado federal André Janones é o eixo central em torno do qual toda a engrenagem criminosa gira. A investigação expôs a ilicitude de seus atos em todas as etapas, desde o início até o desfecho", completou.