PF investiga superfaturamento de R$ 600 mil em equipamentos e materiais de proteção no Amapá
Valor pago à empresa foi de quase R$ 930 mil, mas preço dos produtos ficaria por volta de R$ 291 mil
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A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (29), a Operação Víru Infectio (vírus da corrupção em português) para apurar superfaturamentos em compras de equipamentos de proteção individual e materiais de proteção hospitalares pelo Fundo Estadual de Saúde do Amapá (FES), por meio de dispensa de licitação. A ação contou com a participação do Ministério Público Federal (MPF) e da Controladoria Geral da União (CGU).
De acordo com a PF, o valor pago à empresa contratada foi de aproximadamente R$ 930 mil. Porém, o valor referência para os produtos seria de quase R$ 291 mil. A corporação deduziu que "foram gastos cerca de R$ 639 mil a mais em relação aos preços médios praticados no mercado nacional".
A PF informou que verificou "fortes indícios" de superfaturamento em em pelo menos seis dos quinze itens de de proteção individual comprados pelo FES. Já em relação aos materiais de proteção hospitalares, a PF afirmou que "‘variações de valores significativas, com destaque para as máscaras duplas e triplas que atingiram patamares de 814% e 535% de sobrepreço, respectivamente".