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PF investiga venda da refinaria na Bahia e presentes a Bolsonaro

Venda para grupo dos Emirados Árabes desperta questionamentos sobre ligação entre a refinaria e presentes recebidos

Por Da Redação
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PF investiga venda da refinaria na Bahia e presentes a Bolsonaro

Foto: Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) iniciou uma investigação para esclarecer se a venda da antiga Refinaria Landulpho Alves (RLAM) pela Petrobras, em novembro de 2021, têm alguma relação com os presentes de alto valor concedidos ao ex-presidente Jair Bolsonaro durante uma visita oficial aos Emirados Árabes.

O negócio foi fechado por cerca de US$ 1,8 bilhão (R$ 10,1 bilhões) com o grupo de investimentos Mubadala Capital, oriundo dos Emirados Árabes e vinculado à família real, que presenteou o governo com um conjunto de itens que incluíam um relógio, esculturas e armas.

A Controladoria-Geral da União (CGU) publicou um relatório recentemente, indicando que a avaliação do valor de mercado da refinaria foi realizada em um período de impacto da pandemia, possivelmente influenciando a diminuição do valor de avaliação.

Enquanto a Petrobras adiou a venda de sete refinarias devido à avaliação negativa do mercado, a venda da RLAM se concretizou, levantando questões sobre a discrepância no tratamento das refinarias. A CGU reportou essa situação, mas até o momento não foram apresentadas evidências que associem diretamente os presentes à negociação da refinaria.

A Petrobras por meio de nota, afirmou que o processo de venda seguiu os protocolos de governança e conformidade da empresa à época, sendo analisado por órgãos externos e posteriormente aprovado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A empresa reafirmou o compromisso com a governança corporativa e se colocou à disposição para fornecer todas as informações necessárias aos órgãos externos.

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