Pfizer: vacina com 95% de eficácia comprovada contou com colaboração de médico baiano

As empresas farmacêuticas Pfizer e BioNtech publicaram os resultados completos dos estudos clínicos de Fase 3 da potencial vacina contra a Covid-19, doença do novo coronavírus. A vacina foi a primeira a ser concluída e teve sua eficácia divulgada no dia 18 de novembro e, rapidamente, foi aprovada pelos órgãos reguladores de saúde da Inglaterra e dos Estados Unidos. Esse marco histórico no campo da ciência, por ter sido concluído com quase 100% de eficácia em um período de tempo curto passou a fazer parte do currículo do baiano infectologista e epidemiologista das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), Edson Moreira, e do paulista Cristiano Zerbini.  

Os ensaios da Fase 3 foram executados entre os dias 27 de julho e 14 de novembro deste ano, em 152 centros de pesquisa que foram dividos entre os EUA (130), Argentina (1), Brasil (2), África do Sul (4), Alemanha (6), e Turquia (9). No Brasil, um dos centro fica em São Paulo, sob coordenação de Zerbini e o outro em Salvador, na OSID, sob orientação de Moreira. De acordo com o relatório, o Brasil contribuiu com 6% dos voluntários para os estudos.

No total, os ensaios contaram com 44.820 voluntários, dos quais 43.448 receberam injeções, sendo que 21.720 foram vacinados e 21.728 receberam placebo (uma solução de água com sal). Os voluntários foram divididos quase iguais em sua representação da população. Entre eles 58% tem entre 16 e 55 anos e 42% com mais de 55 anos. A maioria é branco (83%), seguidos de latinos (28%), negros (9,5), asiáticos (4,2) e indígenas. 

Os efeitos obtidos nos primeiros dias após a vacinação foi dor no local (70%) e vermelhidão, além de inchaço (5%). Os que receberam placebo, tiveram os mesmos sintomas, porém com percentual menor com 9% e 1% na ordem respectiva. Os outros efeitos foram fadiga, dor de cabeça e dor muscular.

A vacina está entre 90,3% e 97,6% de eficácia, no entanto, confirmado são 95% de certeza.