PGR dá aval para Bolsonaro depor por escrito à PF
Documento deve ser enviado ao STF até amanhã (3)

Foto: Agência Brasil
O procurador-geral da República, Augusto Aras, deve enviar até sexta-feira (3), um parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF) recomendando que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) preste depoimento à Polícia Federal (PF), desde que possa escolher se responderá às perguntas por escrito ou pessoalmente. A medida foi pedida pelo ministro do STF, Celso de Mello, relator do inquérito que apura se Bolsonaro interferiu indevidamente nas atividades da PF. Com isso, caberá ao ministro decidir se o presidente prestará os esclarecimentos e como isso será feito.
O inquérito foi aberto a partir de acusações do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Quando anunciou a demissão do cargo, Moro disse que Bolsonaro tentou interferir na PF ao demitir o diretor-geral da corporação e ao cobrar a troca no comando da superintendência do Rio de Janeiro.
Mesmo que não exista regra jurídica para a oitiva quando o presidente do Brasil é investigado, Aras deve seguir jurisprudência recente do Supremo. O ministro do STF, Edson Fachin, autorizou, em maio de 2017, a PF a tomar o depoimento do então presidente Michel Temer. Pela decisão, ele deveria responder às questões dos investigadores no prazo de 24 horas.