PGR divulga parecer contra pedido de soltura de Robinho e alega que prisão é legal
Manifestação da procuradoria foi pedida pelo ministro do STF Luiz Fux, que já negou um pedido de habeas corpus ao ex-jogador
Foto: Bruno Cantini/Atlético
O procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, se manifestou na segunda-feira (8), contra um pedido de soltura do ex-jogador Robinho, condenado pela Justiça italiana por estupro coletivo.
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux, que já negou um pedido de habeas corpus, pediu a manifestação da PGR (Procuradoria-Geral da República) depois que a defesa sustentou que Robinho "vem sofrendo constrangimento ilegal imposto pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ)" e pedir liberdade até se esgotarem os recursos possíveis no Brasil.
O ex-jogador foi condenado pelo crime de estupro coletivo contra uma mulher albanesa em uma boate de Milão, na Itália, em 2013. A sentença final, na mais alta Corte, foi proferida em janeiro de 2022. Em março deste ano, o STJ analisou um pedido da Justiça italiana para que Robinho cumprisse a pena no Brasil. Por 9 votos a 2, a Corte homologou a sentença italiana e determinou a prisão imediata.
Na manifestação, Gonet afirma que Robinho "foi considerado definitivamente culpado em ação penal de conhecimento". Para ele, o trânsito em julgado da sentença condenatória já foi proferida na Itália e, por isso, "o fato de o processo não ter tramitado no Brasil não altera essa conclusão".
A "culpabilidade não é discutida no processo de homologação de sentença estrangeira, no qual o STJ se limita a realizar juízo de delibação e não reanalisa o mérito da causa, esta já decidida pela jurisdição do Estado requerente", completa o PGR.
O ex-atleta está preso em Tremembé (SP). Em 1º de março, ele foi transferido para uma cela comum após o fim do período de isolamento. Ele divide a cela com outro preso, mas permaneceu isolado em uma cela antes como forma de adaptação. Robinho poderá receber a visita de familiares nos dias e períodos estabelecidos e realizar atividades comuns para a população carcerária, como banho de sol e práticas de reintegração.