PGR pede arquivamento de denúncia contra Arthur Lira, um dos lideres do centrão
Procuradoria diz que denúncia tem "fragilidade probatória"
Foto: Reprodução/Câmara dos Deputados
Três meses após ter denunciado o deputado Arthur Lira (PP-AL) ao STF (Supremo Tribunal Federal) sob acusação de corrupção passiva, a PGR (Procuradoria-Geral da República) voltou atrás na acusação e pediu ao Supremo que rejeite a denúncia que o próprio órgão apresentado.
Aliado recente do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Lira é apontado como um dos expoentes do centrão e se tornou uma espécie de líder informal do governo na Câmara. Além de ter seu nome cotado para a disputa da Presidência da Casa.
Na denúncia apresentada em junho, a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, coordenadora da Lava-Jato na PGR e pessoa de confiança do procurador-geral da República Augusto Aras, apontou que os elementos de corroboração colhidos pela investigação permitiram comprovar o repasse de propina ao parlamentar.
A PGR apontou uma sofisticada engenharia financeira, por meio do uso de doleiros, dentre eles Alberto Youssef, para gerar os valores desviados da Petrobras e entregá-los em dinheiro vivo a Lira em Brasília.
Agora, em manifestação protocolada na segunda-feira (28) em resposta a um da defesa de Arthur Lira para que o STF rejeita a denúncia, Lindôra descontruiu a própria acusação e apontou a existência de "fragilidade probatória".