PGR se manifestou sobre acusações à Transparência Internacional em 2020
O ministro do STF, Dias Toffoli, mandou investigar atuação da ONG no Brasil
Foto: Nelson Jr./SCO/STF
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, determinou na segunda-feira (5), que a Procuradoria-Geral da República (PGR) seja oficiada para fornecer documentos relacionados à cooperação entre a organização não governamental (ONG) Transparência Internacional e a Operação Lava Jato.
No entanto, a PGR já se manifestou sobre o assunto em dezembro de 2020, em um ofício assinado pela subprocuradora Samantha Chantal Dobrowolski, negando que a organização tivesse recebido qualquer valor ou que tivesse gerido os valores da multa a ser paga pela J&F.
Após determinar uma investigação sobre a atuação da organização no Brasil, Toffoli solicitou a participação da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Tribunal de Contas da União (TCU). O ministro ordenou que a ONG divulgue dados sobre sua atuação no Brasil durante o período em que foram firmados acordos entre o Ministério Público Federal (MPF) e empresas investigadas para pagamento de multas.
A suspeita é de que a entidade tenha participado como intermediária em acordos de leniência firmados entre a União e empresas condenadas no âmbito da Lava Jato. Em nota, a ONG afirmou que “jamais recebeu ou receberia, direta ou indiretamente, qualquer recurso do acordo de leniência do grupo J&F ou de qualquer acordo de leniência no Brasil.