PGR se posiciona contra a devolução de passaporte de Bolsonaro para acompanhar posse de Trump; Moraes vai decidir resposta final
Em razão das investigações, ex-presidente teve o passaporte apreendido e precisa de autorização para sair do Brasil
Foto: Alan Santos/PR
A Procuradoria Geral da República (PGR) se posicionou contra a devolução do passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro para autorizar viagem aos Estados Unidos e participar da cerimônia de posse do presidente eleito Donald Trump, marcada para segunda-feira (20), em Washington, EUA.
No entanto, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ainda vai decidir se autoriza ou não a viagem para o país norte-americano.
Paulo Gonet, procurador-geral da República citou que não há interesse público na viagem, dizendo que o ex-presidente "não exerce função que confira status de representação oficial do Brasil à sua presença na cerimônia oficial nos Estados Unidos".
A defesa de Bolsonaro pediu uma devolução temporária dos documentos, para assim, o ex-presidente estar fora do país entre 17 e 22 de janeiro.
Vale lembrar que o passaporte de Jair foi apreendido pela Polícia Federal em 2024, devido às investigações da suposta tentativa de golpe de Estado para mantê-lo no poder. Com isso, nomes como o próprio Bolsonaro, aliados e militares próximos foram envolvidos na operação. Em momento das eleições presidenciais de 2022, Bolsonaro foi derrotado por Luis Inácio Lula da Silva, atual presidente.