PIB brasileiro cresce 1,1% e tem menor avanço em 3 anos

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na manhã desta quarta-feira (4) que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu apenas 1,1% em 2019. Trata-se do menor avanço em três anos. 

Essa foi a terceira alta anual consecutiva após dois anos de retração, mas o ritmo lento de recuperação ainda mantém a economia abaixo da meta. Nos anos de 2017 e 2018 o crescimento foi de 1,3%, após retrações de 3,5% em 2015 e 3,3% em 2016. 

Mas apesar de mais um ano com crescimento baixo, o resultado veio dentro das projeções do mercado que, após resultados decepcionantes da atividade econômica dos meses de novembro e dezembro no ano passado, que passou a projetar taxa próximo de 1%. 

No quarto trimestre, o PIB cresceu 0,5% comparado ao trimestre anterior, o que representa uma desaceleração frente ao avanço de 0,6% registrado no terceiro trimestre. 

A indústria e os serviços apresentaram variação positiva de 0,2% e 0,6%, respectivamente, enquanto a Agropecuária caiu 0,4%. Do lado da demanda, o consumo das famílias desacelerou para um avanço de 0,5% (ante 0,7% no terceiro trimestre), enquanto que os investimentos caíram 3,3%.
O PIB é a soma dos bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Já o PIB per capita (por habitantes) teve alta de apenas 0,3% em termos reais, onde alcançou R$ 34.533 em 2019. 

Veja os principais destaques do PIB em 2019:

Serviços: 1,3%
Indústria: 0,5%
Agropecuária: 1,3%
Consumo das famílias: 1,8%
Consumo do governo: -0,4%
Investimentos: 2,2%
Construção civil: 1,6%
Exportação: -2,5%
Importação: 1,1%

A taxa de investimento em 2019 foi de 15,4% do PIB, acima do observado em 2018 (15,2%), mas ainda bem abaixo do patamar acima de 21% registrado em 2013. Já a taxa de poupança caiu para 12,2%, ante 12,4% em 2018.

Perspectivas para 2020

O mercado brasileiro reduziu para 2,17% a previsão da alta do PIB neste ano, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central. No entanto, vários bancos e consultorias já estimam um crescimento abaixo de 2% e mais cortes na taxa básica dos juros. 

O ministro da Economia, Paulo Guedes, se dizia, até o final do mês de janeiro deste ano, confiante em uma taxa de crescimento de 2,5% em 2020. 

A estimativa atual do governo para o crescimento da economia em 2020 segue em 2,4%, mas o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, disse que até o início da próxima semana, a projeção oficial deverá ser revisada.