Piñera promulga convocação de um plebiscito para reforma da Constituição no Chile
A medida era uma das principais demandas dos manifestantes do país
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Foto: Divulgação | Getty Images
Uma semana após a divulgação de um vídeo em que aparece um manifestante atropelado e prensado por dois tanques da polícia durante uma manifestação no Chile, o presidente Sebástin Piñera promulgou uma lei para a convocação de um plebiscito para reforma da Constituição.
Em evento com a presença de ministros e autoridades, o presidente divulgou que o plebiscito será realizado no dia 26 de abril e irá contribuir para “deixar para trás a violência e as divisões” e recuperar a “boa política” no país.
Piñera também afirmou que a medida "não é uma varinha mágica que resolve todos os problemas. O que ela faz é nos dar um marco institucional adequado para avançar em direção a um país com maior capacidade de atender e satisfazer as necessidades dos cidadãos, disse o presidente.
O aumento do preço dos bilhetes de metrõ em Santiago e a degradação das condições e desigualdades sociais do Chile foram um dos principais motivos para o início dos conflitos no país que é registrado desde o dia 18 de outubro.
Mais de 2 mil pessoas ficaram feridas durante os protestos e 23 pessoas foram mortas. Do total de mortes, seis foram estrangeiros e cinco ocorreram por causa das intervenções das Forças do Estado entre policiais e militares.
O presidente também condenou o ato e afirmou que é "de enorme importância condenar de forma clara, categórica e permanente todo tipo de violência e ameaças, porque isto só envenena a alma de nosso país".
Caso a população vote por uma nova Constituição, a medida irá valer durante nove meses e poderá ser prorrogada por outros três. Ao fim, o texto será submetido a um outro plebiscito ratificatório.