Planalto quer alterar padrão das tomadas brasileiras
A ideia seria flexibilizar a regra atual, permitindo que outros padrões sejam vendidos e instalados país afora
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Foto: Reprodução
A tomada mais controversa da história brasileira pode ter seu fim. Após uma série de polêmicas desde o início da obrigatoriedade de uso, em 2011, a tomada de três pinos e plugue hexagonal parecia ter sido, finalmente, aceito pela população. Até que virou assunto para o novo Governo Federal.
Segundo reportagem do jornal Valor Econômico da última segunda-feira (17), o Planalto prepara uma nova norma para fazer com que o uso desse padrão de conectores deixe de ser obrigatório. A ideia seria flexibilizar a regra atual, permitindo que outros padrões sejam vendidos e instalados país afora.
Mesmo sem proposta concreta, o simples fato de uma possível mudança, causou-se uma divisão. De um lado há quem considere a possibilidade interessante, ainda que com algumas ressalvas. É o caso do presidente do SincoElétrico (Sindicato do Comércio Varejista de Material Elétrico e Aparelhos Eletrodomésticos no Estado de São Paulo), Marco Aurélio Sprovieri Rodrigues.
"Não há necessidade de uma mudança agora. O que poderia ter sido feito seria dar continuidade aos modelos anteriores que não configuravam um 'padrão brasileiro', mas sim um que aceitava todos os modelos de pinos: chatos, redondos, três pinos e que era apelidado pelo mercado como 'padrão universal' e que não exigia a utilização de adaptadores", diz Rodrigues.
Rodrigues conclui levantando uma velha questão: a de que a padronização existente desde 2011 foi feita para beneficiar algumas empresas. "Minha visão enxerga um lobby, uma vez que esse padrão foi desenvolvido pelo IEC (International Electrotechnical Commision) para ser um padrão universal, mas não foi aceito pela grande maioria dos países produtores, apenas pela Suíça, Brasil e África do Sul".