Planos de saúde estudam abrir mão de R$ 15 bilhões para não ter compromisso de atender inadimplentes
Empresas podem não assinar acordo com a Agência Nacional de Saúde
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A empresas de planos de saúde avaliam abrir mão de R$ 15 bilhões liberados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para não terem a responsabilidade de renegociar dívidas de usuários inadimplentes e garantir seu atendimento durante a pandemia do coronavírus.
O montante faz parte de um fundo criado para cobrir o atendimento em casos de a empresa ter dificuldades financeiras, e seria repassado às operadoras para uso no combate do novo coronavírus.
No entanto, as empresas só terão acesso aos recursos se assinarem um contrato se comprometendo a atender o inadimplente até 30 de junho e a renegociar dívidas. A lei atual determina que elas só são obrigadas a garantir atendimento aos que estão com pagamento em atraso por 60 dias.
Para a Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde), que reúne hospitais, laboratórios e Santas Casas, a situação econômica das operadoras está longe da deterioração. "Em média, as operadoras comprometem 85% da sua receita com o pagamento da assistência (médica). Com a suspensão dos procedimentos eletivos e da maioria dos demais, mesmo com o coronavírus, esse percentual deve ficar em 50%", diz o presidente da CNSaúde, Breno Monteiro ao GLOBO.