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Polícia Civil do Rio coloca sob sigilo informações sobre todas operações policiais

Decisão abrange ação realizada na Favela do Jacarezinho

Por Da Redação
Ás

Polícia Civil do Rio coloca sob sigilo informações sobre todas operações policiais

Foto: Reprodução/TV Globo

A Polícia Civil do Rio de Janeiro estabeleceu sigilo de 5 anos sobre informações de todas as operações policiais realizadas, incluindo a realizada na Favela do Jacarezinho, no dia 6 deste mês, após uma decisão do Supremo Tribunal Federal que restringiu as incursões em favelas a casos excepcionais, durante a pandemia.

Atualmente, está em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) uma ação que trata da realização de operações durante a pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. O julgamento foi adiado após o ministro Alexandre de Moraes, pedir vista (mais tempo para analisar o caso) na última segunda-feira (24). Até o momento, não há data para a retomada da análise. 

Jacarezinho

Com 28 mortos, incluindo um agente policial, a operação na favela da Zona Norte do Rio é considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro. Moradores relataram invasão de casas, celulares confiscados e corpos deixados no chão no dia da ação. Além disso,  houve denúncias de suspeitos executados depois de terem se entregado.

A própria polícia informou sobre o sigilo imposto depois que o G1 solicitou, via Lei de Acesso à Informação (LAI), que o material sobre a ação no Jacarezinho fosse disponibilizado. Em resposta ao pedido de informações do G1, a Polícia Civil enviou um ofício informando que a documentação solicitada possui “informações de caráter sigiloso, inerentes a planos e operações estratégicas de Segurança Pública a cargo da Sepol [Secretaria de Polícia Civil]".

O documento é assinado pelo subsecretário de Planejamento e Integração Operacional da Polícia Civil, Rodrigo Oliveira. Junto com outros delegados, Oliveira havia participado da entrevista coletiva após a operação na favela.

ABI estuda medidas para derrubar o sigilo

Em nota, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) protestou contra a decisão e disse se tratar de uma tentativa de "impedir uma investigação isenta". Confira abaixo a íntegra da nota assinada pelo presidente da associação:

"A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) protesta de forma veemente contra a decisão do governo do Estado do Rio de estabelecer sigilo de cinco anos para todas as informações referentes à operação que causou 28 mortes na favela do Jacarezinho no dia 6 deste mês.

Logo após a chacina, a ABI entrou com uma notícia-crime no STJ contra o governador Cláudio Castro. A ação judicial, ainda não julgada, tem como relator o ministro Jorge Mussi.

A operação no Jacarezinho foi a mais letal na história do estado e está sob investigação, agora prejudicada pelo sigilo decretado pelo seu maior responsável, o governo estadual.

Está claro que o objetivo de tornar sigilosas as informações é impedir uma investigação isenta.

A ABI informa, ainda, que está estudando medidas jurídicas para derrubar o sigilo estabelecido pelo governo do estado.

Paulo Jeronimo, presidente da ABI".

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