Polícia Civil investiga morte após abordagem policial durante baile funk na Zona Norte de São Paulo

A Polícia Civil investiga a morte de um motociclista na Zona Norte de São Paulo, ocorrida após uma abordagem policial durante um baile funk. A suspeita é que a ponta do cano de um fuzil usado pelo policial militar tenha perfurado o pescoço da vítima, mesmo sem disparos de arma de fogo. O sangue encontrado na arma levanta questionamentos sobre a causa da morte.

O caso aconteceu durante a tarde de domingo (25), na Vila Brasilândia, e foi registrado por câmeras de segurança e testemunhas. Matheus de Menezes Simões, de 21 anos, desobedeceu a ordem de parada da Polícia Militar, que havia sido chamada por moradores devido ao barulho no baile funk. O confronto resultou em uma colisão entre a moto e o policial, causando a queda da vítima.

Apesar de ter sido acionada uma ambulância para socorrer Matheus, ele morreu no local. 

O caso está sendo investigado pelo 45º Distrito Policial (DP) de Brasilândia, registrado como "morte acidental" a ser esclarecida, "desobediência", "localização e apreensão de objeto", e "entrega de veículo". A perícia, que inclui exames na arma e análise de vídeos, ainda não teve o laudo finalizado.

O tenente Gabriel Montoro Dantas, envolvido na abordagem, alegou que os ocupantes da moto estavam sem capacetes e que um deles fazia menção de estar armado. Ele afirmou que deu ordem de parada, mas a moto se aproximou, resultando em um breve contato com a ponta do fuzil. O PM também relatou ter se ferido no rosto com a coronha da arma de fogo.

Tanto a Polícia Civil quanto a Polícia Militar estão apurando o ocorrido, e a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que exames periciais foram solicitados ao IC e IML para esclarecer a dinâmica do evento e a causa da morte. O caso está registrado como "morte suspeita" e será investigado também por meio de um Inquérito Policial Militar (IPM).