Polícia de Minas Gerais descarta hipótese de sabotagem em fábrica da Backer
Ao menos nove pessoas tiveram morte ligada a cerveja contaminada

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De acordo com informações do delegado Flávio Grossi, responsável pelo inquérito que apura as circunstâncias e os responsáveis pela intoxicação de 42 pessoas que ingeriram cervejas da Backer, a hipótese de sabotagem foi rejeitada.
“A linha de [que houve] sabotagem foi descartada. Não evoluímos com esta linha. A negligência sim é uma das nossas linhas de investigação”, afirmou Grossi nesta quarta-feira (8).
Ainda segundo o delegado, a possibilidade da Backer ter deliberadamente usado o dietilenoglicol no processo de produção das cervejas ainda não está descartado, embora haja indícios de que a empresa pode ter empregado a substância acreditando tratar-se de monoetilenoglicol.
O delegado afirmou que a força-tarefa montada para esclarecer o caso está prestes a concluir o inquérito, mas evitou antecipar conclusões.
Mortes
Ao menos nove pessoas morreram por complicações que as autoridades públicas de Minas Gerais associam à síndrome nefroneural atribuída à intoxicação por dietilenoglicol. Destas, cinco foram submetidas a necropsias: em quatro casos, a perícia acusou a presença de dietilenoglicol; o resultado do quinto exame ainda não foi concluído.
Inquérito
Desde o início da investigação, a Polícia Civil já colheu os depoimentos de 66 pessoas, entre vítimas, testemunhas e ligadas à Backer. De acordo com o delegado, os responsáveis pela cervejaria colaboram com o trabalho policial, apesar de alguns desentendimentos iniciais.