Polícia investiga se Jorge Guaranho soube de festa temática do PT ao visitar clube na tarde antes do crime
O homem invadiu a festa de Marcelo de Arruda e o matou aos gritos de "Aqui é Bolsonaro"
Foto: Reprodução/Twitter
A Polícia Civil do Paraná informou, nesta quarta-feira (13), que uma testemunha teria afirmado que Jorge Guaranho, homem que matou um tesoureiro do PT no último fim de semana, ficou sabendo de antemão que a festa onde o crime ocorreu teria decoração sobre o partido e o ex-presidente Lula.
No último sábado (9), Guaranho invadiu a festa do tesoureiro do PT Marcelo de Arruda e o matou aos gritos de "Aqui é Bolsonaro". A festividade ocorria na sede da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu (Aresf), onde ele já foi diretor.
De acordo com a testemunha, horas antes do crime, Guaranho teria comparecido a um churrasco e futebol no local. No local, ele teria tido acesso às imagens de câmeras de segurança que mostravam que haveria uma festa decorada com fotos do ex-presidente Lula e símbolos do PT.
As autoridades suspeitam que, após ver essas imagens, Guaranho, que, segundo os investigadores, fazia rondas pelo local, decidiu ir até o local no momento em que a comemoração acontecia. A polícia investiga se ele teria tido acesso a imagens pelo celular, remotamente, ou no próprio local.
Como mostram as imagens, ele para de carro em frente à festa e discute com as pessoas no local. Conforme a viúva do tesoureiro do PT, naquele momento, Guaranho afirmou que voltaria. "Vou matar todos vocês, seus desgraçados". Após quinze minutos, o homem efetivamente voltou e deu início aos disparos ainda de dentro de seu carro.
Na última terça-feira (12), o presidente disse a apoiadores que "o cara que morreu [o tesoureiro do PT], que estava lá na festa, jogou uma pedra no vidro daquele cara que estava no carro do lado de fora [o apoiador de Bolsonaro]. Depois ele voltou e começou aquele tiroteio lá onde morreu o aniversariante."