Polícia ouve testemunhas e diz ter indicativo de autoria da morte de jovem baleada no carro com a família em Salvador
O caso é investigado pela 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico)
Foto: Reprodução/G1
Familiares de Jamile Sanches Araújo Miranda, de 18 anos, que morreu após ser baleada dentro de um carro com a família, no bairro de São Cristóvão, em Salvador, foram ouvidos junto a outras testemunhas, pela 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico).
Segundo a Polícia Civil, a 1ª DH/Atlântico já possui indicativo de autoria do crime, que ocorreu na última quarta-feira (27), na Rua do Quiabeiro, que fica na localidade da Yolanda Pires. Equipes fazem rondas com o objetivo de localizar os autores.
Jamile estava concluindo o ensino médio e desejava fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), para cursar medicina veterinária. O corpo dela foi enterrado na quinta-feira (28), no cemitério Campo Santo, em Salvador.
De acordo com Ana Rita Sanches, mãe de Jamile, ela não deixava a filha sair com frequência por conta do medo da insegurança na cidade.
"Eu sempre segurei, prendi muito ela, por zelo, medo de acontecer qualquer coisa. Decidi deixar ela ir. Nunca passou na minha cabeça que ia acontecer algo assim", disse.
O pai da vítima, Ricardo Miranda, relatou que pediu para a filha abaixar quando ouviu os tiros, porém, Jamile já havia sido atingida na cabeça.
"Ele atirou. Não foi bala perdida. Ele atirou para matar, deu dois tiros, um para cima e um na direção do carro. Pegou na altura do encosto de cabeça e transpassou a cabeça dela. Eu gritei ainda: 'filha, abaixa', mas não deu tempo".
O casal passou pela 49º Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) para pedir ajuda aos policiais militares, que socorreram Jamile.
"Nós levamos ela rapidamente para o Hospital Menandro de Faria, fomos até a 49º e pedimos auxílio aos policiais que nos conduziram a toda velocidade. Ela chegou viva no Menandro, houve a regulação para o HGE, e por volta de 2h ela veio a falecer", disse Ricardo.