Policial que matou homem negro nos EUA pode ser condenado a pena de morte
Garrett Rolfe sofrerá 11 acusações; perpétua não está descartada
Foto: Reprodução
Um policial de Atlanta foi denunciado pela morte de Rayshard Brooks, o afro-americano de 27 anos no dia 12 de junho, depois de ser atingido por tiros em um estacionamento, anunciou na última quarta-feira (17) o promotor do distrito Paul Howard.
Howard afirmou que Garrett Rolfe não tinha justificativa para cometer os disparos, pois "no momento em que Brooks foi abatido, não representava ameaça imediata de morte ou ferimentos físicos graves para os policiais".
De acordo com informado pelo promotor, outro agravante foi chutar o corpo da vitima enquanto ela estava no chão sangrando. Segundo Howard, caso seja realmente condenado por homicídio, o policial pode pegar prisão perpétua e até pena de morte.
Rolfe enfrentará 11 acusações criminais. Já de acordo com o policial no local, Devin Brosnan, enfrentará três acusações, incluindo agressão grave por pisar no ombro de Brooks após ele ser baleado, afirmou o procurador.
A morte fez aumentar o número de protestos em defesa das vidas negras nos Estados Unidos. Os atos ocorrem desde a morte de George Floyd por um policial branco, depois de ser sufocado com o joelho por aproximadamente nove minutos.
De acordo com o jornalista americano Steve Deace, ele recebeu um e-mail de um policial da cidade de Atlanta, no estado da Geórgia com as seguintes palavras "Os policiais de Atlanta estão se recusando a atender o rádio e sair do emprego. O condado pode se ferrar. Se você quer uma sociedade sem polícia, nós lhe daremos uma. Deixe queimar!".
Relembre a morte de Rayshard Brooks
Rayshard Brooks dormiu no interior do carro e bloqueou a fila do drive-thru de uma lanchonete. Em torno das 22h40 (horário local, 23h30 de Brasília), o homem foi abordado por dois policiais, que fizeram um teste de alcoolemia e tentaram prendê-lo pelo consumo.
Brooks lutou com os policiais e tentou fugir, porém foi baleado e não resistiu aos ferimentos.