Políticos criticam Bolsonaro após anúncio de churrasco no Palácio da Alvorada

Desde que Jair Bolsonaro anunciou que fará um churrasco neste sábado (9) no Palácio da Alvorada, em Brasília, diversos políticos se posicionaram contrariamente, sempre apontando que o presidente da República vai contra orientações sanitárias do próprio ministro da Saúde, Nelson Teich.

Nesta sexta (8), o presidente, brincou e fez uma escalada da quantidade de pessoas que quer reunir. Enquanto falava com apoiadores, aglomerados e sem máscara, falou que receberia uma centena de pessoas e chegou a marca dos 3 mil, sempre aos risos.

O deputado federal Jorge Solla (PT-BA) usou as redes para mostrar sua indignação. " Fim de semana passaremos de 10 mil mortos vítimas de coronavírus no Brasil. Bolsonaro fará churrasco para 1300 pessoas. Debocha dos mortos, humilha as famílias, dobra a aposta no vírus. Bolsonaro vibra com a tortura e com a morte. É um psicopata genocida", registrou.

O colega de partido, Alexandre Padilha (SP) disse que o enquanto "o Brasil está velando e chorando milhares de mortes e Bolsonaro anunciando que dará uma festa. Criminoso, abominável, irresponsável".   

Do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo (Psol), opinou que "em vez de fazer churrasco e tentar interferir na PF para proteger os filhos, Bolsonaro deveria reativar os 850 leitos que estão fechados em hospitais federais no RJ. Neste momento 1.176 doentes estão a espera de um leito de enfermaria ou UTI no Estado", afirmou.

No final da tarde de sexta, Bolsonaro, que se negou a falar com jornalistas, afirmou que todos estavam convidados para o churrasco. "Vou dar uma última palavra aqui, são 1300 convidados e quem tiver amanhã (9) aqui a gente vai botar pra dentro. Vou contar mais ou menos com 3 mil pessoas", brincou e foi aplaudido pelos apoiadores.

Questionado por um repórter se achava um "bom exemplo" fazer um churrasco em meio à pandemia do novo coronavírus, uma vez que o próprio presidente teria dito que tem evitado viagens, Bolsonaro ignorou e se aproximou dos fãs.