Bahia

Políticos e lideranças lamentam morte de Bernadete Pacífico

Líder quilombola foi morta a tiros no munícipio de Simões Filho, na última quinta-feira (17)

Por Da Redação
Ás

Políticos e lideranças lamentam morte de Bernadete Pacífico

Foto: Reprodução

Nesta sexta-feira (18), uma comoção tomou conta das redes sociais, após o assassinato da líder quilombola e ex-secretária da Igualdade Racial, Bernadete Pacífico. Políticos, líderes religiosos e outras personalidades cobraram rigor nas investigações e atuação firme das autoridades na busca pela justiça.

Bernadete, que também exercia o papel de coordenadora na Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq), foi morta a tiros no terreiro que ela dirigia em Simões Filho, região metropolitana de Salvador.

De acordo com informações da Secretaria da Segurança Pública da Bahia, dois homens utilizando capacete invandiram a propriedade onde Mãe Bernadete estava e efetuaram disparos de arma de fogo. Policiais fizeram diligências no local, mas até o momento ninguém foi preso.

Nas redes sociais, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), reagiu com indignação à notícia do assassinato e determinou a mobilização das polícias Militar e Civil para o local do crime, cobrando uma investigação rigorosa para levar os responsáveis à justiça.

O também petista, presidente Luiz Inácio Lula da Silva, prestou condolências aos familiares e amigos de Mãe Bernadete. Através da sua conta do X, ex-Twitter, Lula informou que mandou representantes dos ministérios da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos e Cidadania para a Bahia. Ele também cobrou uma rigorosa investigação do caso.

Quem também se pronunciou foi a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. "O ataque contra terreiros e o assassinato de lideranças religiosas de matriz africana não é pontual. O racismo religioso é mais uma faceta da conformação racista que estrutura o país e precisa ser combatido por meio de políticas públicas", disse em nota.

Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania do Brasil, também determinou o envio de uma equipe da pasta até o local do assassinato.

A artista baiana e também Ministra da Cultura, Margareth Menezes, também usou o seu perfil no Instagram para lamentar a morte de Mãe Bernadete. Na mensagem divulgada para seus seguidores, Margareth pede apoio do Governo do Estado à comunidade neste momento de luto. "A intolerância religiosa e o racismo precisam ser combatidos com rigor", completa a nota.

A Conaq também emitiu nota de repúdio em relação ao assassinato, enfatizando a dedicação invansável de Mãe Bernadete na preservação da cultura, história e espiritualidade do seu povo. "A ausência dela será profundamente sentida, mas seu legado e inspiração continuarão a guiar as gerações futuras", diz trecho da nota.

O Ministério Público da Bahia também repudiou o assassinato da líder quilombola e prometeu atuar de forma firme, em parceria com as forças policiais, para a elucidação do caso.

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