Populações da vida selvagem estão diminuindo de forma "catastrófica", afirma ONG
Equipe de preservação da natureza informa que os próximos cinco anos vão determinar o futuro da vida na Terra
Foto: Divulgação Fundação Grupo Boticário
A organização não governamental (ONG) World Wide Fund for Nature (WWF) divulgou um relatório nesta quinta-feira (10), informou o "declínio catastrófico" de 73% nos últimos 50 anos, do tamanho médio das populações de vida selvagem.
A equipe de preservação da natureza informa que os próximos cinco anos vão determinar o futuro da vida na Terra. As populações estão diminuindo de forma "catastrófica", afirma a ONG, desde elefantes em florestas tropicais a tartarugas-de-pente na Grande Barreira de Corais.
Na América Latina ocorre os maiores declínios de vida selvagem. Já no Caribe, de 955. A África tem menos de 76% e a Ásia-Pacífico, menos 60%. O relatoria Planeta Vivo, da WWF, declara á medida que a Terra se aproxima de pontos perigosos de inflexão de ameaça à humanidade, maior esforço coletivo será necessário para enfrentar as crises climáticas e naturais.
O Índice Planeta Vivo (LPI), fornecido pela Sociedade Zoológico de Londres, inclui quase 35 mil tendências populacionais de 5.495 espécies, aves, mamíferos, anfíbios, répteis e peixes, registradas entre 1970 e 2020. O declínio maior ocorre nos ecossistemas de águe doce que apresentam redução de 85%, seguido pelos terrestres, que decresceram 69%. A vida marinha caiu 56%.
O sistema alimentar humano impulsiona a perda e a degradação de habitats, sendo uma ameaça à vida selvagem mais relatada, indica o relatório.
Autor e consultor do WWF, Mike Barrett, diz que devido á ação humana, "particularmente a maneira como produzimos e consumimos nossos alimentos, estamos cada vez mais perdendo o habitat natural".
“O declínio nas populações de vida selvagem pode atuar como indicador de alerta precoce do aumento do risco de extinção e da perda potencial de ecossistemas saudáveis”, explica o documento.
A perda de espaços selvagens está "pondo muitos ecossistemas à beira do abismo", reitera a diretora da WWF no Reino Unido, Tanya Steele, destacando que muitos habitats, da Amazónia aos recifes de corais, estão "à beira de pontos de inflexão muito perigosos".