Preço dos alimentos cai pelo 10º mês, aponta FAO
Os dados apontam uma queda de 0,8% em relação ao mês de dezembro e 17,9% quando comparado ao pico alcançado em março de 2022
Foto: Miguel Schincariol/FAO
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), divulgou nessa sexta-feira (3) o Índice de Preços e Alimentos da agência. Segundo o relatório, o custo da alimentação ficou mais barato ainda em janeiro, pelo décimo mês consecutivo.
Os dados apontam uma queda de 0,8% em relação ao mês de dezembro e 17,9% quando comparado ao pico alcançado em março de 2022. Segundo a agência, a que foi impulsionada pelos Óleos vegetais, laticínios e açúcar, enquanto os cereais e carnes permaneceram praticamente estáveis.
Os preços internacionais do trigo regrediram 2,5%, devido à produção acima do esperado na Austrália e na Rússia. Enquanto o custo do óleo de palma e de soja foi reduzido em meio à demanda global de importação moderada, o óleo de girassol e de colza diminuiu devido às amplas disponibilidades de exportação.
Exportações brasileiras e seca na Argentina
O valor global do milho registrou alta devido à forte demanda por exportações do Brasil e preocupações com as condições de seca na Argentina.
O arroz ficou encareceu 6,2% em relação a dezembro, influenciado por menor disponibilidade, forte demanda local em alguns países asiáticos exportadores e alterações nas taxas de câmbio.
Itens como manteiga e leite em pó também ficaram mais baratos, após a demanda mais fraca dos principais importadores e ao aumento da oferta da Nova Zelândia. Enquanto o queijo teve um ligeiro aumento no preço, puxado por uma recuperação nos serviços de alimentação e vendas no varejo na Europa Ocidental, após o feriado de Ano Novo, assim como pelos movimentos cambiais.
Em dezembro, o preço do açúcar regrediu 1,1%. O forte progresso da colheita na Tailândia e as condições climáticas favoráveis no Brasil superaram o impacto sobre os preços devido a preocupações com o menor rendimento das safras na Índia, preços mais altos da gasolina no Brasil, que aumentam a demanda por etanol, e a valorização do real brasileiro em relação ao dólar dos Estados Unidos.