Prefeito de alagoinhas sanciona lei que institui 'Dia da Consciência Humana'
A lei foi assinada no dia no dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha; medida gerou polêmica

Foto: Divulgação/PrefeituradeAlagoinhas
O prefeito Joaquim Neto (PSD), de Alagoinhas, sancionou lei que institui o dia 10 de setembro como o Dia Municipal da Consciência Humana. A lei foi assinada no dia 25 de julho, no Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.
A lei foi publicada no Diário Oficial do Município de terça-feira (30) e causou polêmicas nas redes sociais. A escritora e palestrante, Bárbara Carine, com 487 mil seguidores, que idealizou a escola afro-brasileira Maria Felipa, criticou nas redes sociais o fato da lei ter sido assinada no dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.
A escritora considerou essa atitude como um desaforo, e que a medida é uma estratégia de "depreciação, contenção e construção de um demérito da luta histórica e secular dos movimentos sociais negros organizados quando a gente pensa o Dia da Consciência Negra", desabafou.
"Muita gente vai questionar que não tem o Dia da Consciência Branca, porque o mundo é de vocês, o mundo da branquitude, pra quê vai ter o dia? Todos os dias são de vocês, do protagonismo de vocês. Quem mais quer consciência humana é a comunidade negra, comunidade indígena. A gente sonha com isso", criticou Bárbara Carine.
O Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e, também, o Dia de Tereza de Benguela, foi criado como marco da luta de mulheres negras pelo colonialismo e às violências vivenciadas por elas cotidianamente.