‘Prefeituras ficarão inadministráveis’, diz Bruno ao concordar com suspensão do piso da enfermagem
Em coletiva, prefeito também apontou impactos em organizações sociais
Foto: Ascom/PMS
O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), disse nesta segunda-feira (5), durante evento no Bahia Outlet Center, que concorda com a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, que suspendeu no último domingo (4) o piso salarial nacional da enfermagem. De acordo com o gestor municipal, as prefeituras ficarão "inadministráveis" caso seja inserido piso salarial para todas as categorias.
“É um grande problema. Vocês estão vendo aí o enfrentamento que a prefeitura está tendo em relação aos agentes comunitários de saúde e endemias por conta do piso. Se forem instituir pisos para todas as categorias, as prefeituras ficarão inadministráveis. O piso de enfermagem ainda tem efeito na iniciativa privada e nas organizações sociais. Vocês viram aí as Obras Sociais Irmã Dulce anunciar que, caso tenha que pagar o piso, o funcionamento da unidade ficará inviabilizado”, afirmou o prefeito.
“Nós defendemos salários melhores e justos para todos os profissionais, porém, à medida que os pisos são aprovados, tem que vir os respectivos recursos para garantir as condições de pagamento. Caso isso não ocorra, a conta não fecha. Em ano de eleições, o Congresso vem adotando essas medidas sem garantir os recursos e isso vai inviabilizar o oferecimento de serviços por parte das prefeituras, da rede privada e das organizações sociais”, completou.