Prejuízo de vítimas de quadrilha do falso consórcio na capital chega a R$ 3 milhões
Operação da Polícia Civil conduziu 42 suspeitos de envolvimento no esquema frudulento

Foto: Polícia Civil
A Polícia Civil da Bahia conduziu 42 pessoas à delegacia e apreendeu diversos materiais utilizados na prática de crimes relacionados a um esquema fraudulento de consórcios em Salvador. Os nomes dos investigados não foram divulgados.
A ação faz parte da segunda fase da Operação Falso Consórcio, deflagrada para combater a atuação de empresas de fachada na capital baiana. Os procedimentos estão sendo lavrados na sede do Deic (Departamento Especializado de Investigações Criminais) para a responsabilização dos envolvidos.
Coordenadas pela Decon (Delegacia de Defesa do Consumidor), as investigações identificaram uma organização criminosa estruturada e hierarquizada, dedicada à aplicação de golpes com falsos consórcios de imóveis, veículos e outros bens. O grupo atraía vítimas por meio de anúncios enganosos em plataformas digitais, oferecendo produtos inexistentes com condições supostamente vantajosas.
Logo após o primeiro contato virtual, os consumidores eram convidados a comparecer às sedes das empresas, localizadas em um prédio comercial na avenida ACM.
No local, os suspeitos orientavam as vítimas sobre o funcionamento dos consórcios e, em alguns casos, promoviam visitas a bens que não existiam. As negociações seguiam até que as vítimas realizassem os repasses financeiros, sem nunca receber qualquer documentação que comprovasse a legalidade da transação.
Durante as diligências, os policiais apreenderam contratos, notebooks, celulares, máquinas de cartão e outros materiais usados para operacionalizar os golpes. O prejuízo estimado das vítimas, somando as duas fases da operação, é de aproximadamente R$ 3 milhões.
Além de estelionato, os investigados podem responder também por propaganda enganosa, exercício ilegal da profissão de corretor de imóveis, lavagem de dinheiro e constituição de organização criminosa.
Primeira fase
Cinco pessoas foram presas por suspeita de propaganda enganosa, estelionato e organização criminosa, durante a primeira fase da operação, em 26 de março deste ano. A quantia de R$ 18 mil, pen drives, dois carros, contratos de consultoria financeira, cadernos de anotações, notebooks e carregadores, máquinas de cartão de crédito, CPUs e celulares foram apreendidos durante as diligências.
Nesta etapa, os flagrantes ocorreram após a denúncia de um influenciador digital que foi vítima do golpe praticado pela organização criminosa. Ele comprou um apartamento que nunca foi entregue.
As investigações seguem e novas denúncias continuam sendo recebidas. A Polícia Civil reforça seu compromisso com a apuração rigorosa dos fatos e a responsabilização de todos os envolvidos.