Preparador físico uruguaio é preso por ato de racismo durante partida de futebol em São Paulo

O preparador físico uruguaio Sebastian Avellino Vargas, do clube peruano Universitário, foi preso em flagrante na noite da última terça-feira (11) sob acusação de racismo contra torcedores do Corinthians durante a partida entre as equipes pela Copa Sul-Americana, realizada na Neo Química Arena, na zona leste de São Paulo. O jogo terminou com a vitória dos brasileiros por 1 a 0.

Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo, o preparador físico de 43 anos fez gestos racistas, imitando um macaco, em direção à torcida do Corinthians. A ação chamou a atenção dos policiais militares que estavam no estádio, e testemunhas confirmaram o comportamento discriminatório do uruguaio.

Vargas foi conduzido ao 65º Distrito Policial (DP), em Artur Alvim, também na zona leste de São Paulo, onde prestou depoimento com a ajuda de um tradutor. De acordo com a SSP, o caso foi registrado no 24º DP, na Ponte Rasa, também na zona leste, como crime de preconceito de raça e cor.

A audiência de custódia do preparador físico está marcada para a tarde desta quarta-feira (12) no Fórum Criminal Ministro Mário Guimarães, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo. A sessão definirá se Vargas continuará detido ou será solto, porém, ainda não há previsão de horário para a audiência, de acordo com o Tribunal de Justiça.

Em maio do ano passado, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) aumentou o valor da multa para clubes envolvidos em casos de racismo em suas competições. O valor passou de US$ 30 mil para US$ 100 mil (aproximadamente R$ 480 mil na cotação atual).