Presidente da Anvisa compara crise no território Yanomami com Holocausto
A declaração foi dada durante reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT)
Foto: Rodrigo Pozzebom/Agência Brasil
O presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, comparou nesta quinta-feira (26), a crise dos Yanomami com o Holocausto que ocorreu durante a Segunda Guerra Mundial. A declaração foi dada durante a primeira reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) de 2023.
"Ainda com tristeza quero citar as outras cenas tão tristes e tão terríveis que nos remontaram as cenas que só víamos nos documentários, também da Segunda Guerra Mundial nas cenas do Holocausto. Vemos nessas cenas pessoas com ossos cobertos apenas por pele e vimos que isso acontece no nosso próprio país, como isso chegou a esse ponto?" declarou Torres.
O encontro, que discutiu ações e políticas públicas da saúde entre o governo federal e representantes de municípios, também contou com a presença da Ministra da Saúde, Nísia Trindade. Para a ministra, havia uma política de abandono indígena no país. “Abandono é uma política, é isso que vemos, infelizmente, em relação à questão indígena, e tantas outras”, declarou durante o encontro da comissão.
Emergência em saúde
O Território Indígena Yanomami enfrenta uma crise sanitária sem precedentes. O Ministério da Saúde atua desde a semana passada para mitigar a situação. Segundo o Governo, cerca de 30,4 mil pessoas que vivem no território Yanomami sofrem com casos de desnutrição, além de casos de malária e de infecção respiratória aguda.
