Presidente da Anvisa diz que prazo de 72h dada pelo STF "não é suficiente"
Corte determinou que a Anvisa avalie registro de vacinas dentro do prazo
Foto: Agência Brasil
O presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra, disse que o prazo de 72 horas determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para avaliar o registro de vacinas contra a covid-19 no Brasil "não é suficiente".
Na terça (23), o STF autorizou que estados e municípios importem vacinas caso a aprovação da Anvisa não seja feita em 72h. Para isso, as vacinas precisam ter sido aprovadas por agências sanitárias estrangeiras.
"O prazo do STF não é suficiente. São dossiês de 15 mil, 20 mil folhas de inglês técnico com cálculos. Então não dá. Você não consegue ler um romance de 20 mil páginas em 72 horas, não é possível. Mas não teço nenhuma crítica à decisão do STF, sou profundamente legalista", disse Barra em entrevista ao O Globo.
Barra, no entanto, disse que acha razoável o prazo de sete dias úteis previsto em medida provisória aprovada na Câmara, que facilita a compra de vacinas pelo Brasil.
"Sete dias úteis para nós equivalem a nove dias corridos, porque sábado e domingo para nós deixaram de existir há muito tempo. Nove dias corridos foi o período que a gente usou para conceder os as duas autorizações do uso emergencial da Coronavac e AstraZeneca, o que foi recorde no mundo", pontuou.