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Presidente da China alerta para "nova Guerra Fria"

Xi Jinping fala em maior coordenação da política macroeconômica para reduzir o abismo entre países ricos e pobres

Por Da Redação
Ás

Presidente da China alerta para "nova Guerra Fria"

Foto: AFP

O presidente da China, Xi Jinping, alertou nesta segunda-feira (25), durante o primeiro pronunciamento especial entre os líderes de nações na versão virtual do Fórum Econômico Mundial, para uma nova Guerra Fria. Segundo ele, com a pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, "que está longe de acabar", o planeta vive uma das piores recessões de sua história, raramente vista, e a mais grave desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

Além disso, durante o pronunciamento na Agenda Davos 2021, Xi defendeu o multilateralismo. "Só há uma Terra e um futuro compartilhado pela humanidade. Precisamos ficar juntos, dar as mãos e deixar o multilateralismo nos guiar".  Ainda segundo Xi, o mundo deve fortalecer a coordenação da política macroeconômica e remover as barreiras ao comércio, investimento e intercâmbio tecnológico, apoiando o multilateralismo como a saída para os desafios atuais.

Economia Global 

Segundo Xi, quatro pontos são cruciais para trazer a economia global de volta à estabilidade. O primeiro é melhorar a coordenação e organização da política macroeconômica. O segundo, deixar de lado os preconceitos ideológicos que levam ao isolamento dos países: “Cada país tem sua própria história, sistemas e características, e nenhum é superior ao outro”. A terceira solução é trabalhar para fechar o abismo entre o Norte e o Sul, entre os países desenvolvidos e aqueles em desenvolvimento. “Esse abismo aumentou com a pandemia, e temos que reconhecer que avanços no desenvolvimento dos países mais pobres vão tornar mais sólido o terreno para a melhora econômica global”.

A quarta medida seria a construção de um futuro conjunto para evitar novas emergências de saúde como a Covid-19, reforçando os órgãos internacionais de saúde e os tratados para fazer face às mudanças climáticas, como o Acordo de Paris, mantendo as metas de neutralidade de emissões de carbono.

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