Presidente da Colômbia envia reforços após novos confrontos em Cali
Terceira maior cidade do país vive clima de tensão após oito pessoas ficaram feridas
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Foto: Reprodução/Notícias ao Minuto
Os confrontos motivados pela greve geral na Colômbia deixaram oito feridos em Cali neste domingo (9). Grupos de civis armados dispararam contra manifestantes que integram um movimento indígena, que protestava contra o governo de Iván Duque. A imprensa local informa que todos os feridos são indígenas e que, dentre os oito feridos, três estão em estado grave.
“As famílias ricas de Cali se uniram à polícia (…). Atiraram indiscriminadamente contra o movimento indígena”, denunciou o deputado Feliciano Valencia, uma das lideranças indígenas, informou o “El País”, neste domingo. Bloqueios provocam escassez de produtos e suprimentos na região, o que aumentou a tensão na terceira maior cidade da Colômbia, com 2,2 milhões de habitantes.
O presidente Iván Duque autorizou o envio de reforços para a Força Pública “para garantir a ordem pública na cidade e proporcionar tranquilidade à população”. E ordenou o deslocamento da equipe liderada pelos ministros da Defesa, Diego Molano, e do Interior, Daniel Palacios. O Exército Nacional garantiu que possui 2.100 homens destacados e mais 10 mil homens da Polícia Nacional para garantir o restabelecimento da segurança na região.
Cali é a grande cidade do sudoeste da Colômbia, perto da costa do Pacífico, que funciona como um corredor para o narcotráfico, e que há décadas enfrenta problemas de segurança, de gangues a grupos armados organizados. Assolada por desigualdades, a situação em Cali piorou no fim de abril, quando começou a greve nacional convocada pelas centrais de trabalhadores e organizações estudantis e que passou a contar com o apoio do movimento indígena.