Presidente de associação de tratamento médico com maconha é procurado por comercialização da erva para 'vape' na Bahia
Homem é suspeito de ser comparsa dos outros dois detidos no início de março em Salvador e São Paulo. Ele teve mandado de prisão preventiva determinado pela Justiça

Foto: Divulgação/Ascom/PCBA
O presidente de uma associação de tratamento médico com utilização da maconha teve a prisão preventiva determinada, na última quinta-feira (20), na Bahia, suspeito de fazer parte do esquema que comercializava a substância para a utilização em cigarros eletrônicos, os famosos "vape".
As apurações indicam que o homem teria feito falsificação de documentos e falsidade ideológica para conseguir de forma irregular a droga.
De acordo com a Polícia Civil (PC), Equipes do Departamento Especializado de Repressão ao Narcotráfico (Denarc) realizam buscas para identificar o homem, que não teve o nome revelado. Materiais ilícitos e outros itens associados ao crime, como carimbos, foram apreendidos no momento das ações.
Outros dois envolvidos no esquema foram detidos no dia 10 de março, no momento da "Operação Salvo Conduto", um deles foi Vitor Lobo, no Corredor da Vitória, área nobre de Salvador, e outro que não teve o nome divulgado, em São Paulo. Eles continuam à disposição da Justiça.
Relembre as prisões
O suspeito detido em Salvador é um empresário identificado como Vitor Lobo. Segundo informações, ele possui uma empresa autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a vender maconha líquida para finalidades medicinais. Contudo, o material era utilizado de forma ilegal, como para abastecimento de "vapes".
O terceiro envolvido teve mandado de prisão cumprido no sistema prisional, em que já respondia por tráfico de drogas e armas.
As apurações iniciaram em outubro do ano passado. Ao todo, 27 mandados de busca e apreensão foram cumpridos, sendo 21 em Salvador, dois no Paraná e um em São Paulo.
A polícia comunicou que as equipes do Departamento Especializado de Repressão ao Narcotráfico (Denarc) apreenderam maconha líquida, cigarros eletrônicos e outros materiais ilícitos. O material será encaminhado para a perícia.
O inquérito está sendo dirigido pela Polícia Civil da Bahia (PC-BA), porém ao final das investigações, o caso será levado para a Justiça Federal, segundo o pedido do Ministério Público Federal (MPF).