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Política

Presidente do BNDES é colocado em alerta sobre eventual possibilidade de assumir comando da Petrobras

Medida foi tomada pelo presidente Lula, que está insatisfeito com trabalho de Jean Paul Prates

Por Da Redação
Ás

Presidente do BNDES é colocado em alerta sobre eventual possibilidade de assumir comando da Petrobras

Foto: Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizou uma reunião, na última segunda-feira (1º), com Aloizio Mercadante, diretor do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), colocando o economista em alerta sobre a possibilidade de assumir o comando da Petrobras. Esse movimento acontece em meio a especulações sobre a eventual saída de Jean Paul Prates da presidência da estatal, após conflitos com membros do governo.

Na quinta-feira passada (4), Prates recorreu às redes sociais para ironizar os boatos sobre sua saída da Petrobras. Em uma postagem, ele compartilhou uma conversa de aplicativo de mensagens que brincava com a situação, indicando que sairia da empresa apenas para jantar e retornaria no dia seguinte, às 7h09, devido à sua agenda lotada.

A controvérsia em torno dos dividendos da Petrobras assumiu novos contornos políticos, com especulações sobre possíveis substitutos para o comando da empresa. O presidente da estatal solicitou uma reunião com Lula para discutir o futuro da empresa, embora a data do encontro ainda não esteja definida, o esperado é que ocorra na próxima semana.

No início de março, as ações da Petrobras registraram uma queda de 10,5%, resultando em uma perda de valor de mercado de R$ 55 bilhões em um único dia. O tumulto nos mercados aconteceu após o anúncio de que a empresa optaria por reter os dividendos extraordinários, avaliados em R$ 43,9 bilhões.

Um acordo tinha sido alcançado pelo governo para que o Conselho de Administração votasse a favor de não distribuir os lucros. Naquela ocasião, Jean Paul Prates se absteve da votação, em uma demonstração de alinhamento com os acionistas minoritários. Desde então, a crise na estatal tem se agravado, com tensões evidentes entre Prates e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

O incidente envolvendo a crise dos dividendos deixou o presidente Lula insatisfeito. Nos dias seguintes, ele ponderou sobre a atuação de Prates na liderança da Petrobras. De acordo com fontes do governo, foram dois dias de negociações intensas sobre a postura do Conselho de Administração em relação à distribuição dos lucros da empresa. "Prates traiu Lula", comentou um assessor do presidente.

Membros do alto escalão do governo argumentam que Prates tentou enviar um sinal ao mercado. Durante uma visita a Doha, capital do Catar, o presidente da estatal confessou ao ministro de Minas e Energia que um de seus objetivos era se tornar uma figura proeminente na indústria do petróleo. Essa viagem ocorreu antes da COP28, em Dubai, e teve como objetivo atrair investimentos do Oriente Médio. "O problema é que ele está alinhado com objetivos distintos do governo", acrescentou uma fonte.

No mesmo dia em que Prates utilizou as redes sociais para comentar os rumores sobre sua saída, a assessoria de imprensa da Petrobras não respondeu às perguntas feitas por jornalistas sobre a situação. Paralelamente, as ações da Petrobras caíram 1,41% com a possibilidade de sua saída, uma vez que ele perdeu o apoio de seu único defensor, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

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