Piñera condena violência policial em protestos no Chile
Apesar do recuo das autoridades, as manifestações e os confrontos prosseguiram
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Os protestos que aconteceram no Chile desde 18 de outubro - onde cerca de mais de 2 mil pessoas ficaram feridas e 23 foram mortas - o presidente do país, Sebastián Piñera, pela primeira vez condenou os abusos cometidos pelas autoridades neste domingo (17).
Segundo Piñera, "apesar de todas as precauções tomadas para proteger os direitos humanos, houveram casos não respeitados e com excessivo de força”. Ele definiu que não haverá impunidade para aqueles que cometeram atos de violência, nem para os policiais que excederam a força.
Das 23 mortes ocorridas no país, seis são cidadãos estrangeiros e cinco ocorreram por causa das intervenções das Forças do Estado entre policiais e militares.
Os dados do Instituto Nacional de Direitos Humanos (INDH) do Chile apontam que há pelo menos 2.381 feridos - dos quais 1.360 foram baleados - e os casos mais preocupantes estão relacionados às lesões oculares resultantes de munições não letais.
O aumento do preço dos bilhetes de metro em Santiago, e a degradação das condições e desigualdades sociais do Chile foram os motivos principais para o início dos conflitos.