Presidente do Colo-Colo lamenta mortes e trabalha para identificar invasores

O dirigente lamentou as mortes de dois torcedores e afirmou que o clube trabalha para identificar os responsáveis

Por FolhaPress
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Presidente do Colo-Colo lamenta mortes e trabalha para identificar invasores

Foto: Reprodução | 24 horas TV

Presidente do Colo-Colo, Aníbal Mosa se manifestou após a invasão de campo na partida contra o Fortaleza, nesta quinta-feira (10), pela Copa Libertadores. O dirigente lamentou as mortes de dois torcedores e afirmou que o clube trabalha para identificar os responsáveis.

"O mais terrível é a perda de duas vidas. Vamos analisar o centenário, a partida e as possíveis sanções. Hoje o mais difícil é a morte desses dois torcedores, isso chocou todos nós. Nos colocaremos à disposição das famílias para ver no que podemos ajudar", disse. 

"Vamos conversar com a Conmebol. As informações sobre o que aconteceu em campo serão analisadas com a cabeça fria. Estamos coletando os nomes, sobrenomes e números de identidade das pessoas que invadiram o campo e impediram que a partida continuasse."

O dirigente também pediu ajuda de "todo o país" para combater a violência nos estádios: "Precisamos da ajuda de todo o país, das autoridades, porque não vamos solucionar isso [violência nos estádios] sozinhos. Precisa haver uma reformulação completa do que é segurança nos estádios".

A INVASÃO
Torcedores do time chileno arremessaram objetos, quebraram vidros e invadiram o gramado durante o 2° tempo da partida. O ato ocorreu atrás do gol defendido pelos mandantes pouco depois dos 20 minutos.

Os jogadores do Fortaleza, diante da correria, saíram em disparada rumo aos vestiários do Monumental. O duelo estava em 0 a 0 no momento da confusão.
A arbitragem paralisou o jogo, e os atletas não voltaram dos vestiários. Não houve agressões contra jogadores, árbitros e membros das comissões técnicas.

TUMULTO E MORTES ANTES DA PARTIDA
Segundo o jornal La Tercera, do Chile, a confusão começou antes do embate, quando alguns torcedores forçaram as entradas pelos setores Tucapel e Caupolicán ambas na região da Avenida Marathon e destinadas aos mandantes.

A polícia foi acionada, e duas pessoas morreram em meio ao tumulto: um jovem de 18 anos e um menino de 13. Outros dez torcedores acabaram presos.

O La Tercera informou que um caminhão teria atropelado as vítimas, que foram esmagadas por uma estrutura que desabou em meio à confusão.

"Está sendo investigado se algum carro da polícia esteve envolvido nas mortes. O que se sabe até agora é que uma das barras esmaga estes dois jovens junto com um peso maior, um peso que pode ser atribuído a diferentes causas e tudo está sendo investigado para poder determinar qual foi, finalmente, a causa da morte. [...] Várias pessoas tentaram derrubar as grades no interesse de tentar entrar no estádio, mas o contexto é pouco claro. Estamos trabalhando com as câmeras do local para poder determinar a forma como os eventos ocorreram", disse Francisco Mores, promotor, ao La Tercera.

CONMEBOL SE MANIFESTA
A Conmebol só se manifestou sobre o caso quase duas horas após o ocorrido, quando a situação já estava controlada e com o estádio vazio. Além da suspensão, houve recado em solidariedade às famílias das vítimas.

O cancelamento, segundo a entidade, foi feito "com base na falta de garantias de segurança por parte do clube e autoridades de segurança locais"

"A Conmebol lamenta profundamente o falecimento de dois torcedores nas imediações do Estádio Monumental antes do início da partida entre Colo Colo e Fortaleza Esporte Clube. Expressamos nossas mais sinceras condolências às suas famílias e seres queridos. Estamos juntos neste momento difícil", afirma nota da Conmebol.
 

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