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Presidente do Equador decreta 'conflito armado no país' e põe Exército nas ruas

Decreto prevê intervenção de Forças Armadas e Polícia Nacional em todo o território; país já tem toque de recolher

Por Da Redação
Ás

Presidente do Equador decreta 'conflito armado no país' e põe Exército nas ruas

Foto: Reprodução/X

O presidente do Equador, Daniel Noboa, decretou, na terça-feira (9), "conflito armado interno" no país, após a escalada de violência registrada nos últimos dias. Com a medida, o governo autoriza intervenções do Exército e da Polícia Nacional. 

O Equador vive uma crise de segurança desde o início da semana. Na última segunda-feira (8), Noboa já havia decretado estado de exceção, depois da fuga de um criminoso conhecido como Fito, chefe da facção Los Choneros, da prisão. O decreto, que ainda está em vigor, estabelece toque de recolher entre 23h e 5h.

Na terça-feira (9), outro líder criminoso fugiu da penitenciária. Identificado como Fabricio Colón Pico, um dos líderes de Los Lobos, ele havia sido preso na sexta-feira passada (5) pelo crime de sequestro e por sua suposta responsabilidade em um plano para assassinar a procuradora-geral do país.

Ataques e violência

Desde o início da onda de violência no Equador, oito pessoas morreram e duas ficaram feridas, segundo o jornal El Universo. Além disso, sete policiais foram sequestrados por bandidos nas cidades de Machala e Quito e na província de Los Rios.

Além dos sequestros, houve explosões em diversas cidades e províncias do país. Diante da gravidade da situação, o governo do Peru disse que vai reforçar a segurança na fronteira com o Equador.

Na terça-feira (9), homens armados chegaram a invadir um estúdio de TV e fizeram funcionários reféns.

Guerra às drogas

Situado entre a Colômbia e o Peru, os maiores produtores mundiais de cocaína, o Equador deixou de ser uma ilha de paz para se tornar um forte na guerra contra as drogas. O ano de 2023 terminou com mais de 7,8 mil homicídios e 220 toneladas de drogas apreendidas, estabelecendo novos recordes no país de 17 milhões de habitantes.

Desde o ano de 2021, confrontos entre presidiários deixaram mais de 460 mortos. Além disso, os homicídios nas ruas cresceram quase 800% entre 2018 e 2023, passando de 6 para 46 por 100 mil habitantes.

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