Presidente do Equador decreta estado de exceção diante da violência ligada ao narcotráfico
Lasso afirmou que policiais e militares patrulharão as ruas 24 horas por dia; a medida é válida por 60 dias
Foto: Reprodução/R7
O presidente do Equador, Guillermo Lasso, decretou nesta segunda-feira (18) estado de exceção em todo o país, por conta do aumento dos índices de criminalidade em razão do narcotráfico, e estabeleceu a mobilização de policiais e militares nas ruas.
"Começando de imediato, nossas Forças Armadas e policiais se sentirão com força nas ruas porque estamos decretando o estado de exceção em todo o território nacional", disse o presidente durante um discurso transmitido pelo canal estatal EcuadorTV.
O presidente disse que "nas ruas do Equador só existe um inimigo: o narcotráfico", e que, "nos últimos anos, o Equador passou de país de tráfico de drogas a um país que também as consome".
Lasso, que assumiu o cargo em maio, afirmou que, durante o período de estado de emergência, policiais e militares patrulharão as ruas 24 horas por dia. "Daremos às forças de segurança o apoio necessário para o combate ao crime", disse. O Executivo também deseja criar uma unidade de defesa legal para dar proteção aos agentes que forem processados "simplesmente por cumprirem o seu dever". A medida é válida por 60 dias.
Será formado ainda um comitê que deve reunir diversos ministérios da área social e de direitos humanos para executar ações com objetivo de prevenir e frear a dependência química e reinserir os usuários de drogas na sociedade.
O chefe de estado também resolveu mudar o ministro da Defesa, em meio à crise carcerária e a um "período de insegurança" no país, todos efeitos do narcotráfico.
O estado de insegurança "não apenas se reflete na quantidade de drogas consumidas em nosso país, mas também no número de crimes relacionados hoje à venda de narcóticos", disse Lasso, que recebe nesta terça-feira (19) o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, para dialogar sobre segurança e narcotráfico.